quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Gerência Regional da CAEMA alerta a população sobre risco de colapso no abastecimento de água em Chapadinha-MA.


Por: Ações e Destaques

 Em dois meses o nível de água na represa da Itamacaoca já diminuiu cerca de quatro metros. 

 O baixo índice de chuvas, em 2011, aliado a forte estiagem deste ano, está reduzindo drasticamente o nível da principal fonte de captação do Sistema de Abastecimento de Água do município de Chapadinha, a represa da Itamacaoca.

Responsável por 76,84% da produção de água no município, a represa, segundo o gerente regional da Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (CAEMA),em Chapadinha, não é a única fonte de captação do sistema, que também conta com a tomada subterrânea de água, por meio de três poços, dois localizados no Campo Velho e, um no Areal.

Roberval Soares Lima, conta que a represa chegou a “sangrar” no período de 2007 a 2010, em decorrência das frequentes chuvas que caíram na época, mas, desde então, o baixo índice pluviométrico tem prejudicado a recarga das nascentes que sustentam a Itamacaoca.

“Como a estiagem foi muito grande de 2011 para 2012, as nascentes, que ficam em diferentes pontos perderam a vazão, desde setembro de 2011, o nível da represa tem baixado significativamente.”

Ainda de acordo com o gerente, a represa não encheu ao nível confiável para garantir o abastecimento na cidade este ano, situação agravada com a crescente demanda, que obriga a estação de tratamento a aduzir da Itamacaoca, 24 horas, sem parar.

 “Se a gente parar a estação, boa parte da cidade, sobretudo, Bairros, como, por exemplo, Areal, COHAB, parte da Corrente e Nossa Senhora Aparecida, Caterpiller e Terras Duras, ficarão altamente prejudicados.”

O gerente alerta que essa prática está contribuindo para o rebaixamento abrupto da represa que já se encontra em um nível bastante preocupante, para ter uma ideia, em dois meses, o volume de água na Itamacaoca já diminuiu cerca de quatro metros, sem falar, no risco de incêndio ao redor da barragem, que já apresenta alguns focos, provocados pela vegetação seca, resultante da forte estiagem.

 “Temos agosto, setembro e outubro todinho e, talvez só chova alguma coisa lá pra novembro, são três meses garantidos de estiagem, se continuar da forma como está, com o nível da reserva tão baixo, poderá haver um colapso na cidade”.

Para que o abastecimento de água no município não chegue a tal ponto, a partir deste mês a Gerência Regional da CAEMA, em Chapadinha, vai diminuir o ritmo de operação do sistema. 

  “A tendência a partir de agosto é parar a estação às 23h e retornar às 5h da manhã, para dá um descanso a represa, porque o volume de água que está sendo retirado da Itamacaoca é maior que o fornecido pelas nascentes.”

Outro fator que está comprometendo o sistema de abastecimento, em Chapadinha, segundo Roberval Soares, é o consumo irracional da água, nesse período.

“Eu peço a contribuição da população, porque o poder público, sozinho, não tem como resolver esse problema que, também é de ordem natural,” finalizou.

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