terça-feira, 29 de novembro de 2011

Alto comando militar do Maranhão abre processo de deserção contra policiais e bombeiros.

Augusto Nascimento - Aqui-MA

 (Gilson Teixeira)
Desertores e excluídos da Polícia Militar. São as punições que podem sofrer os militares grevistas, segundo medida definida em reunião entre os coronéis do Alto Comando Geral das Corporações Militares do Estado do Maranhão. Desde o início da greve, esta foi a primeira vez que os coronéis se reuniram para tratar da crise na corporação.

A reunião ocorreu na manhã de ontem, no auditório do Comando Geral da Polícia Militar, no Calhau. Os coronéis discutiram o movimento de paralisação que integrantes das corporações vêm realizando desde o último dia 23.

O secretário chefe do gabinete militar, coronel José Ribamar Vieira, que representava oficialmente a administração estadual, lembrou que o momento requer serenidade para que continue e tenha sucesso o diálogo entre as partes (manifestantes e governo).

Vieira reiterou a condição da governadora, de só negociar as reivindicações da categoria após a desocupação da sede da Assembleia Legislativa.
Após a reunião, foi emitida nota oficial, onde o alto comando enumera os principais pontos do debate.

O documento lembra da decisão do Tribunal de Justiça, que decretou a ilegalidade da greve. Junto a esta determinação está a aplicação de multa diária no valor de R$ 200, por militar grevista que desobedecer a decisão. A multa, reitera a nota, só será suspensa após o fim do movimento. Ao mesmo tempo está em curso a instauração do Processo de Deserção contra os grevistas.

A deserção pode ser considerada pelos dias em que os servidores não vêm comparecendo às unidades em que estão lotados.

Já aqueles que integraram a PM a partir de 2007, serão submetidos a processo administrativo disciplinar, que pode resultar em exclusão ex-officio. Alunos do curso de formação de oficiais, que não têm estabilidade no serviço público, também serão submetidos ao processo administrativo.

Os comandos gerais das duas corporações se referiram ao encontro como um "apelo" aos companheiros de farda para que encerrem a paralisação e retomem o diálogo com o Governo.

"Queremos sensibiliza-los sobre os prejuízos e danos para as instituições e a sociedade em geral", disse o coronel Marcos Sousa Paiva, do Corpo de Bombeiros.

O comandante geral da PM, coronel Franklin Pacheco, reiterou que "não temos inimigos no movimento, mas companheiros, com quem trabalhamos juntos, arriscando as vidas e compartilhando as viaturas. Se o motivo principal é a reposição salarial, por que não retornar para reabrir o diálogo?".


O Imparcial

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