Quem trafega pela MA-230, na altura do município de Brejo, depara-se
com a criatividade e a beleza das peças artesanais do povoado São
João dos Pilões. A comunidade é formada por mais de 53 famílias, que sobrevive
basicamente, com a renda da comercialização do artesanato, produzido a partir da madeira
extraída do pequizeiro, árvore nativa da região.
De acordo com José Orlando, presidente da Associação dos Artesãos
do São João dos Pilões, a extração da madeira é feita de maneira sustentável, sem
prejuízos ao meio ambiente. É tarefa dos homens esculpir as peças que,
posteriormente irão compor o mostruário, ao ar livre, nas barracas construídas ao
longo da rodovia.
Às mulheres, cabe a função de realizar o acabamento artístico, o que exige a delicadeza e o olhar atento aos menores detalhes que, fazem
sobressair o talento e a capacidade de inovar, da comunidade rural encravada no
Baixo Parnaíba.
Entre as peças produzidas, destacam-se os pilões, cadeiras, brinquedos e
objetos de decoração que já levaram o nome do pequeno povoado a importantes
feiras nacionais de artesanato.
O presidente ressaltou o apoio que a associação recebe da Prefeitura
de Brejo; Governo do Estado, por meio da Agência Estadual de Pesquisa
Agropecuária e Extensão Rural (Agerp); Ministério do Desenvolvimento Agrário
(MDA) e Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE).
José Orlando revela que após a formação dessas parceiras, a
renda e a visibilidade das ações empreendidas pela associação, foram elevadas
consideravelmente.
Em visita à comunidade, a consultora na área de gestão do
SEBRAE - Sandréia Cantanhede, afirmou que a Unidade Regional de Chapadinha, tem
desenvolvido um trabalho de empreendedorismo, com base no artesanato de madeira, aspecto forte da região,
fazendo com que os artesãos tenham a atividade, como foco principal para a
geração de recursos.
A consultora comentou ainda que, antes de o SEBRAE começar a
atuar na localidade, por volta do ano de 2004, não havia um
trabalho padronizado. “Antigamente as
barracas não eram padronizadas, hoje você já observa uma padronização, outra
coisa, é a questão do investimento na
tecnologia de produção dessas peças, então, foi um ganho muito grande a essa
comunidade depois que o SEBRAE começou a auxiliá-la na área de gestão,”
finalizou Sandréia Cantanhede.
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